24/11/2017

Ministério Público abriu inquérito-crime a Horácio Piriquito

Denúncia da Federação Portuguesa de Futebol originou abertura de um processo, adiantou à SÁBADO fonte oficial da Procuradoria-Geral da República. Está em causa o envio de documentos internos da FPF para o comentador Pedro Guerra.


O Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa abriu um inquérito-crime a Horácio Piriquito, antigo membro do Conselho Fiscal da Federação Portuguesa de Futebol, adiantou, esta sexta-feira à SÁBADO, fonte da Procuradoria-Geral da República. Em causa, segundo informações recolhidas, poderá estar um crime de violação de segredo de funcionário, uma vez que os membros dos órgãos sociais da FPF, devido ao estatuto de utilidade público, estão equiparados a funcionários para efeitos penais.



O caso de Horácio Piriquito foi revelado pela SÁBADO, dando conta das suspeiats de envio de relatórios trimestrais de auditoria da FPF para o comentador Pedro Guerra. Após ser conhecida a informação, Horário Piriquito apresentou o pedido de demissão de vogal do Conselho Fiscal da FPF. Porém, em comunicado o gestor referiu ter tomado a decisão "não porque considere ter praticado algum ilícito, mas porque é esta a forma de melhor defender o prestígio e o bom nome da instituição em causa". "Nenhuma informação confidencial foi passada para a praça pública", declarou. Recorde-se que, confrontada com o teor dos documentos, a Federação foi categória em resposta à SÁBADO: "São documentos internos da FPF, sem acesso público"

No mesmo dia em que foram reveladas as suspeitas, a própria FPF anunciou ter avançado com uma queixa para a Procuradoria-geral da República, que remeteu o documento para o DIAP de Lisboa. Este departamento decidiu abrir formalmente um inquérito.

Nas últimas semanas, gerou-se  muita discussão à volta do carácter confidencial ou não dos documentos, sendo que muitos dos habituais comentadores optaram por concentrar-se na questão do Orçamento enviado a Pedro Guerra que, obviamente, não era um dos tais documentos internos, mas que no próprio email Horácio Piriquito o classificou como "confidencial". Tendo em conta as "dúvidas", a SÁBADO decidiu divulgar alguns dos documentos em causa.


Entretanto, este fim de semana, o semanário Expresso noticiou que, além das auditorias, Horácio Piriquito também terá enviado ao comentador um parecer fiscal interno da FPF relativo à venda da antiga sede da Federação, na Praça da Alegria, em Lisboa.

Fonte: Sábado

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